QUANDO
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta.
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Dia do Mar, Shophia de Mello Breyner Andresen
Nos dias 27 e 28 de Janeiro, realizou-se, na Fundação Calouste Gulbenkian, um COLÓQUIO INTERNACIONAL sobre Sophia de Mello Breyner Andresen cujos promotores foram Maria Andresen de Sousa Tavares e o Centro Nacional de Cultura.
Uma grande parte das comunicações feitas neste colóquio constam da revista Colóquio Letras, número 176 de Janeiro/Abril 2011, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian, dedicada na sua maior parte a Sophia de Mello Breyner Andresen.
Todas as comunicações que ouvi foram de excepcional qualidade. O poema que transcrevi acima, de 1947, foi apresentado por Alexis Levitin, cuja comunicação consistiu na relação entre alguns poemas em Português e a sua tradução para Inglês («The Tranlation of Transparency»). Trata-se, de facto, de um poema muito belo.
Bom, de facto não estas morta, estas aqui...
ResponderEliminaradoro sofia. Dáme calma e companhia. São atuais e belos todos os textos da sua obra.. pesia..prosa...contos infantis... o mar...amar... vaguear...
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