terça-feira, 23 de novembro de 2010

Os miúdos de «A Rede Social», de David Fincher

(publico.pt)
   

   O mundo de Harvard (Outubro de 2003) em que vivem os miúdos do filme  A Rede Social, de David Fincher, é um mundo em que, paralelamente à inteligência, à competência técnica, aos rasgos geniais dos estudantes, às relações afectivas próprias da juventude, grassam a competição, o oportunismo, a vingança, a traição, a ganância, inerentes à sociedade capitalista norte-americana e, no fundo, aos vícios da humanidade desde que os homens vivem em sociedade.
  Mark Zuckerberg, um jovem inteligente de Harvard, sente-se humilhado porque a namorada, mais madura que ele, desfez o namoro, saturada do seu egotismo. A humilhação gera a raiva e a vontade de vingança e daí nasce a criação do site que irá dar origem ao Facebook.
  Na génese deste site está a vingança, a traição, a deslealdade, a exibição pública do que deveria ser privado, o bullying. E também um comportamento excessivamente machista, o gozo de exibir as fotografias das jovens estudantes da Universidade e de espalhar as suas imagens.
  E é assim que um site, em princípio com características pornográficas (porque exibe para gozo e possível «venda»), se vai transformar num sítio que espalha informações pessoais para relações sociais.
 
   Extrapolando para além do filme e falando já do Facebook, como todas as coisas do mundo, sabe-se como começa, mas não se sabe como acaba. E, penso, o SHARE vai, de facto, transformar o mundo. As relações pessoais que por lá se desenvolvem, ou não, são um facto secundário. O que é deveras importante é que através do Facebook se espalham ou podem espalhar a uma velocidade alucinante informações que podem ser preciosas (política, direitos humanos, eventos, saberes, opiniões, etc., etc.).

  Como já foi dito: SHARE OU NÃO, EIS A QUESTÃO!


Nota: O filme baseia-se no livro Milionários Acidentais, de Ben Mezrich , sobre Zuckerberg e o Facebook.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os epítetos do Dr. Jardim

  No jornal Expresso, de 13 de Novembro de 2010, Miguel Sousa Tavares no seu artigo «O Portugal Habitual», lançou uma explosão de epítetos ao madeirense Dr. Jardim, mais parecendo uma antecipação de um fogo de artifício epitético a deslumbrar a passagem do ano.
   Passo à compilação desses epítetos:
         
           Sua Alteza Atlântica
  
          Sua Alteza Insular

          Sua Alteza Querida

         Sua Exaltada Alteza

         Sua Alteza Revoltada

         Sua Educada Alteza

         Sua Roubada Alteza

         Sua Quase Africana Alteza

         Sua Patriótica Alteza


     Muito interessante o artigo! 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma visita ao Oceanário - momentos calmos

   
   Aconselho uma visita ao Oceanário, no Parque das Nações em Lisboa, para, entre outras coisas, esquecer os problemas da dívida pública. De preferência com crianças interessadas e inteligentes.



















segunda-feira, 8 de novembro de 2010

«Confiança eterna?»

  Não existe confiança eterna em coisa nenhuma, quanto mais a hipotética «confiança eterna» que o líder da bancada parlamentar socialista Francisco Assis deseja para a confiança dos mercados internacionais na economia portuguesa.
 Com certeza que, quando Francisco Assis se referiu à «confiança externa», deverá ter sentido uma imensa vontade de fazer um jogo de palavras com «confiança eterna», mas «confiança eterna» na economia portuguesa só poderia ser uma paródia com a triste situação desta economia.
 Este episódio de que falo foi a última frase do depoimento para os media do líder socialista, após  a viabilização, na  Assembleia da República, do orçamento de estado para 2011. Talvez  fosse a emoção do momento, talvez a viabilização deste orçamento desse a este socialista a sensação momentânea de felicidade eterna...
  Mas «confiança eterna», quando se fala dos especuladores fanáticos dos mercados internacionais?  Jerónimo de Sousa tem dogmas bastante mais sensatos: «Os especuladores especulam! Aos vampiros apenas cabe sugar o sangue!»
  E é no mundo dos especuladores-vampiros que este país e esta Europa se movem!