terça-feira, 21 de junho de 2011

Se Nobre tivesse sido nobre ...

 Se Fernando Nobre tivesse mesmo sido nobre:
 
 1º não se teria candidatado a Presidente da República;

 2º teria recusado entrar nas listas do PSD (ou de qualquer outro partido);

 3º teria aceitado quando, no Facebook, foi alvo de insultos e críticas (de tal modo que se viu obrigado a retirar a sua página) que os portugueses não o quisessem na vida política;

 4º não se teria candidatado a Presidente da Assembleia da República (condição para entrar nas listas do PSD!);

 5º teria desistido das suas pretenções a Presidente da Assembleia da República quando todos os partidos revelaram as suas intenções de não o apoiar, inclusive vários membros do PSD;

 6º devia ter desistido logo à primeira volta da sua candidatura a Presidente da A.R.;

7º não teria continuado sequer como deputado da Assembleia da República.

   E porquê? Porque Fernando Nobre tem escrito na cara que não tem qualquer jeito para a política.(ponto final)

 Nota: jeito (neste contexto) significa: coerência e clareza ideológica, sagacidade, fluência, agilidade mental, cultura geral, cultura política, sedução verbal, sedução mímica, convicção, ...

sábado, 11 de junho de 2011

Derrotas e vitórias eleitorais - a democracia tem razões...


      As alterações legislativas de 5 de junho deram uma derrota muito evidente a José Sócrates, secretário geral do PS, que se demitiu minutos depois de serem conhecidos os resultados.
  A aversão a José Sócrates foi crescendo com o decorrer dos anos de poder e, penso, só pelo fato de não haver um líder minimamente credível no PSD nas revisão de 2009, o PS ganhou e José Sócrates continuou no poder.
  A crise económica, o endividamento excessivo, os gastos públicos, a corrupção teve um peso importante. Uma alternativa governamental deu esperanças de novas soluções ou, pelo menos, de obrigar a repensar alguns esquemas viciados, algumas opções duvidosas.
  No entanto, penso que, se José Sócrates não foi reeleito secretário geral do PS no último congresso, os resultados das alterações legislativas foram ter sido diferentes. O ódio a Sócrates e alguns dos seus tentáculos poderosos (Silva Pereira, Santos Silva, ...) teve razões para além da crise económica. Sócrates apresentou-se sempre muito arrogante, teatral e distante. Parecia realmente um ator, sempre a representar o papel de César, a debitar um discurso que cheirava progressivamente mais a irrealista e artificial. As «mentiras» a que o povo se referia deviam-se às mudanças contínuas na economia europeia, mas também ao estilo ultraconfiante e embalador de José Sócrates.
  Uma democracia afasta como prepotências e destrói como arrogâncias. Em democracia não há mal que sempre dure ... Nem o que estava nem o que virá! Os fanáticos e os facciosos da esquerda e da direita existem em democracia e têm o seu lugar. Mas, louvada seja uma democracia !, o bom senso costuma vencer.