sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conferência-bomba em CIDADE aTRAVESSA (poesia dos lugares)

   Nos dias 18 e 19 de maio, teve lugar, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, o evento Cidade aTravessa (poesia dos lugares), um evento que reúne poetas de vários países e que, pela primeira vez, se realizou em Portugal, embora vá na sua décima primeira edição.
  O objetivo destes eventos é reunir «vertentes poéticas atuais» de diversas partes do mundo e apresentá-las a um público aberto. Neste evento, participaram poetas do Brasil, Itália, México, Holanda, França, Portugal, entre outros.



  Ontem, uma Conferência-bomba, realizada por Graça Capinha (Portugal) e Arie Pos (Holanda), «Cartografia dos redutos na poesia portuguesa, traçada por dentro e por fora», apresentou resultados de uma investigação que revela o grande desconhecimento da maior parte da poesia que se faz em Portugal pelo país fora (capital e província), em papel ou eletrónica (blogues), permitindo a valorização continuada de uma mesma espécie de poesia, a dos autores consagrados - Camões, Pessoa, e os outros que lhes vão no encalço. O trabalho de investigação «Novas Poéticas de Resistência do século XXI em Portugal» (brevemente on-line) mostra como se organizam os concursos literários em Portugal, sempre com os mesmos membros dos júris, premiando sempre o mesmo tipo de poesia e os poetas que poderão render no mercado editorial (por várias razões, obviamente). Também neste setor, parece haver o afamado «tráfico de influências». Aconselho a leitura do relatório (organizado pela Dr.ª Graça Capinha) - eu tenciono lê-lo.



   Seguiu-se leitura de poemas pelos seus autores, os poetas Ana Maria Ramiro (Brasil), Guilherme Zarvos (Brasil) e João Rasteiro (Portugal/Coimbra). Bons poemas e bons poetas seguramente!
   Assisti também à projeção do filme Cidade Reposta, de Márcio- André, um muito interessante e poético documentário sobre a cidade.



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