segunda-feira, 30 de maio de 2011

A ÁRVORE DA VIDA, de Terrence Malick - uma religiosidade conhecida, mas sempre esquecida




   Uma família texana dos anos 50. A morte de um filho de 19 anos, possivelmente na Guerra do Vietname. E a urgência desesperada de obter uma explicação, uma justificação.
  O Livro de Job, do Velho Testamento, Deus que tudo dá e tudo tira, a origem do Universo, da vida, o movimento incessante de todas as coisas, a transformação implacável, a família, o nascimento dos filhos, a renovação - o mistério da vida e a morte!
  Terrence Malick confronta-nos com a dor do crescimento, a «guerra» dos afetos no seio de uma família, a violência dos estereótipos da educação, o sofrimento que os seres humanos que se amam causam uns aos outros quer por pulsões primárias, quer por convenções sociais irrisórias.
  Para quê a rigidez, a dureza com que as pessoas se organizam em sociedades, nas famílias? A fragilidade de todas as coisas do Universo e da vida é irremediável!
  O Livro de Job lidera as interrogações do filme.E o século XXI tem mostrado a profundidade e a verdade dessas palavras. A humildade perante a vida e o Universo deve ser a atitude, o posicionamento do ser humano - essa é a religiosidade a que o filme nos convida e que acaba por nos impregnar.

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