publico.pt - fotografia de Stoyan Nenov/Reuters
Muitos são os países cujos governos reclamam a democracia como forma de regime. Mas quantos, perante atos terroristas como os que sucederam recentemente na Noruega, reagiriam como este país e este governo?
Sete dezenas de jovens noruegueses, entre os 14 e os 18 anos, foram barbaramente assassinados, à traição, a sangue frio, por um louco da extrema direita que odeia os imigrantes, os islâmicos, e que, assim, quis punir e flagelar o seu povo e a democracia norueguesa.
E qual foi a reação do povo e do governo? Não tem sido o ódio, nem o desejo de vingança, nem a raiva retaliadora que têm norteado os depoimentos, as atitudes, as decisões ou os discursos governamentais.
A resposta ao terrorismo e ao fanatismo da extrema direita tem sido dada com mais democracia e com maior tolerância em relação ao multiculturalismo, às diferenças religiosas e raciais. A primeira grande cerimónia fúnebre de homenagem às vítimas dos ataques terroristas foi realizada na maior mesquita de Oslo. Não poderia haver resposta mais democrática|
Eu, que não consigo deixar de sentir ódio pelo execrável terrorista (o primeiro ministro norueguês recusa referir-se-lhe pelo nome, não serei eu que o farei), espanto-me com a tolerância, mas admiro verdadeiramente esta atitude democrática e penso que a Noruega vai ficar na História como o primeiro país que reage democraticamente a um bárbaro ato terrorista.
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