sábado, 16 de julho de 2011

A SOBRETAXA EXTRAORDINÁRIA (o novo imposto) - e os JUROS e os DIVIDENDOS ficam de fora?!

publico.pt


  Uma sobretaxa extraordinária em sede de IRS, um pagamento até 23 de dezembro de 2011 pelos trabalhadores dependentes e pelos pensionistas e, em 2012, pelos trabalhadores independentes e os recibos verdes, foi apresentado ao país pelo Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, no passado dia 14 , 5ª feira.
 A performance do ministro parece-me, neste momento, secundária. A lentidão e as hesitações vocais serão, seguramente, ultrapassadas com a rodagem que se seguirá.
 O que me abismou na apresentação deste novo imposto foi o facto dos juros dos grandes depósitos bancários e os dividendos das grandes empresas distribuídas pelos acionistas ficarem isentos de qualquer pagamento. 
 Apetece dizer - «QUE GRANDE LATA !!»
  O regime é capitalista, certo. Mas os tempos são de pré bancarrota e a mudança das regras económicas é necessária necessária !!
  Marques Mendes, personalidade do PSD, criticou logo no dia seguinte na TVI24 este absurdo.Que é de um absurdo que se trata !!
  O dirigente sindical Carvalho da Silva criticou o imposto dizendo que o capital fica de fora. Mas a palavra marxista capital é hoje uma palavra vaga, oca. Ninguém fica a saber realmente o que está mal neste imposto. Os dirigentes sindicais têm que ser concretos e apontar os erros em particular. É tempo de abandonar essa terminologia teórica e distante que o povo não entende !!
  Um tal analista e economista Eugénio Rosa, que agora é muito chamado para debates televisivos, entretém-se a lançar poeira para os auditórios, alertando para o desastre económico iminente e defendendo as poupanças. Que poupanças? As poupanças de quem trabalha ou os grandes depósitos de milhar ou de milhões de euros que resultam de heranças ou da especulação com toda a espécie de origens? Parece-me que o que interessa mesmo a este tipo de comentaristas é confundir, amortecer o povo. E o povo, quando questionado nas ruas pelas televisões diz, ingenuamente, que «Tem que ser!», «Tem que se ajudar o país!» Pois é, mas há os que não têm que ajudar o país ...
  É fácil enganar o povo!
  Telmo Correia do CDS disse ontem num frente-a-frente na Sic Notícias que os portugueses votaram numa maioria que defende os grandes depósitos bancários e, portanto, é natural que o governo os defenda.
  QUE LATA! QUE GRANDE LATA!

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