sábado, 13 de março de 2010

Giríssimo, giríssimo!! O filme «Alice no País das Maravilhas», de Tim Burton


  Em primeiro lugar, «Alice no País das Maravilhas», de Tim Burton, tem que ser visto num lugar a meio da sala porque as legendas são em letra bastante pequena e em amarelo. Eu vi-me obrigada a ver o filme pela segunda vez, dado que cometi o erro de comprar bilhete longe do écran a primeira vez que me decidi a ver o filme.
  Mas valeu a pena comprar segundo bilhete, mesmo ao preço exagerado a que estão os bilhetes (pelo menos os óculos deveriam servir para várias sessões)!
  «As melhores pessoas são todas loucas», a frase que o pai de Alice usa no início do filme para a acalmar dos pesadelos e que Alice repete no país das maravilhas numa atitude de ternura para com o Chapeleiro, é uma frase que viabiliza toda a fantasia do filme, todo o non sense que ao longo do filme se carrega de sentido. Os expectadores deixam a sala cinema, depois de viverem quase duas horas num mundo inverosímil, convencidos que, se enfrentarem as situações mais difíceis da vida, ultrapassando o medo através  da crença no poder das palavras e dos pensamentos, poderão vencer, transformar o mundo e viver mais felizes.
   Esta Alice,  a Alice da conhecida história de Lewis Carroll, treze anos depois, quando involuntariamente ia ser pedida em casamento por um indigesto lorde inglês, uma Alice que não gostava de usar meias e achava o espartilho parecido com um bacalhau, vai descobrir no mundo das maravilhas, o seu valor, a realidade das pessoas e a importância de aceitar essa realidade.
  «Alice no País das Maravilhas» é um filme sobre a afirmação da mulher num mundo, economicamente, governado por homens. É um filme do século XXI.
  O «dia da Dita» transforma-se reamente num «bendito dia». «Abaixo a maldita corta-cabeças», abaixo todos os malditos corta-cabeças! Viva o poder da espada Vorpal (como o poder da espada do Rei Artur)!  «Sabes porque é que um corvo se parece com uma secretária?» - ninguém sabe e ainda menos aquele que, com o objectivo de intimidar os mais fracos, coloca a pergunta.  

Sem comentários:

Enviar um comentário