(publico.pt)
Verona e a janela da suposta casa de Julieta apresentam-se, neste filme, como símbolos do amor, lugares de um culto - a religião do amor. As paredes da casa da Julieta de Shakespeare enchem-se diariamente de centenas de cartas e de bilhetes de turistas que, em desesperos de amor, pedem a Julieta (a Santa Julieta) que faça eco dos seus problemas e lhes dê solução.
Uma jornalista americana, em lua-de-mel por Verona, descobre, entre essas cartas, uma carta escrita cinquenta anos antes por uma turista inglesa que se apaixonara, durante a sua permanência em Itália, por um jovem, Lorenzo Belini. Tal como fazem as «secretárias de Julieta», umas senhoras que dedicam o seu tempo a responder às cartas das turistas, Sophie, a jornalista, decide responder a esta carta.
Surpresa - na volta do correio, chega a Verona a velha senhora, Vanessa Redgrave, e a corrida para encontrar Lorenzo ( de entre as centenas de Lorenzos Belinis existentes na região) vai percorrer todo o filme.
Cartas para Julieta é um hino ao poder do destino e ao amor. Shakespeariano enquanto tal!
Veja-se o filme e saber-se-á se é trágico ou não. E se no filme reina o romance, quem pode negar que a vida seja um romance?
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