segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Restaurante 1º de Maio



Na quarta-feira passada, fui almoçar ao restaurante 1º de Maio, na Rua da Atalaia, em Lisboa. Durante a manhã, andei pela Baixacom a CBM. Na verdade, passear pelo Chiado é muito mais agradável do que andar num centro comercial. Sobretudo em horas calmas, como a manhã ou o fim de tarde.
Resolvemos almoçar no restaurante 1º de Maio. Sentámo-nos e apareceu de imediato um empregado inteiramente saído de uma peça vicentina. «Que queredes, senhoras minhas? Preferides uns pastelinhos de bacalhau acabadinhos de fazer com um arrozinho de tomate e pimentos ou...» Não foi preciso continuar, preferimos logo. «E que queredes beber? Queredes a água das pedras com gelo e uma rodela de limão?» Enfim, a segunda pessoa do plural exemplarmente utilizada à século XVI. Fisicamente, magro, entre os trinta e os quarenta anos, um pouco curvado, nariz ligeiramente adunco. Nariz de judeu, diz a CBM. A certa altura, diz: «Tendes sentido de humor? Como achades que se reproduzem as enzimas? Uma em zima da outra.» A CBM quase tinha acertado. «Ledes muito?» E, num instante, pelo processo de dobragem e recorte de papel (com um papel usado e as habilidosas mãos), fez um boneco que quando se abria esticava a pilinha. «Podedes usar como marcador.» Querem mais castiço? E sobretudo o tipo era um actor magnífico. Tinhamos ganho o dia. Para além dos excelentes pastelinhos de bacalhau e do delicioso arrozinho de tomate com pimentos que nos tinha deleitado! O Chiado é um lugar magnífico. E não falei da nossa passagem por algumas lojas, como A Vida Portuguesa, a Occitane en Provence, a Fnac, a Bennard, etc., etc. Compara-se a um centro comercial?

1 comentário:

  1. Que saudades do Restaurante 1º de Maio!
    Fizeste uma boa escolha.
    E o Chiado será sempre o Chiado, mesmo sem a menina das tranças pretas a vender raminhos de violetas. Eheheheheh....

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