terça-feira, 6 de outubro de 2009

«A Evolução para todos»





  A Evolução para Todos, de David Sloan Wilson, foi um dos livros que li em férias. Nele, o autor faz uma análise da nossa vida em sociedade - da religião, da moral, das nossas relações com os outros, dos nossos comportamentos, do comportamento dos nossos animais de estimação, do crime, das grávidas, da beleza, do comportamento dos grupos, da cooperação, do riso, das artes, do futuro das nações, etc., etc., à luz da teoria evolucionista de Darwin.
 Saliento três passagens interessantes:
 1. «os indivíduos e os grupos são impelidos a colher benefícios em detrimento de outros indivíduos e grupos. (...) Devemos estar alerta ante afirmações factuais suspeitas como as que se seguem:
    Afirmação factual                       Mensagem Oculta  
     É pouco saudável.                          Não faças isso.
     É antinatural.                                  Não faças isso.
     É imaturo.                                      Não faças isso.
     É demasiado difícil.                        Não faças isso.
  (...) na maior parte dos casos, estas afirmações factuais são incorrectas enquanto factos e funcionam para influenciar o comportamento»;
 2. «Quando é apropriado, o riso provoca a boa disposição de toda a gente, como sabemos por experiência própria. Mecanicamente, o cérebro liberta um coktail de químicos semelhantes aos que se tomam artificialmente quando se quer passar um bom bocado, como o ópio e a morfina. É perigoso consumir estas substâncias porque elas se limitam a fazer-nos sentir bem sem nos levarem a agir bem. Uma infinidade de anos de evolução levou estes químicos a libertarem-se naturalmente só quando nos fazem agir de uma maneira que aumenta a nossa capacidade de sobrevivência e reprodução. (...) O medo e a fome são tóxicos para o desenvolvimento humano, enquanto o riso é um elixir que o torna possível».
 3.«Tomar a sério a aldeia global.(...)Em 1964, Marshall MacLuhan observou que a rapidez das viagens e da comunicação electrónica está a transformar o mundo numa aldeia global. Esta metáfora merece ser tomada muito a sério.(...)Se pudermos aumentar a escala das interacções da aldeia, com países como indivíduos e o planeta como aldeia, a cooperação mundial tornar-se-á tão natural que surgirá espontaneamente».
  Quando tiver tempo, leia este livro.
  É importante!                          

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