sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

«Tudo pode dar certo» (Woody Allen) quando se aceitam as diferenças!


  Woody Allen ressuscitou! A comédia Whatever works, mais uma vez passada em Manhattan, é a história de um físico, de renome, visto que se candidatou ao prémio Nobel, embora não ganhasse, hipocondríaco, divorciado, falhado até no suicídio, que vivia no seu bairro novaiorquino, criticando de forma cáustica tudo e todos, em mesas de bares e tabernas com alguns amigos igualmente frustrados.
  No entanto, os acasos, que têm um papel determinante no filme, vão esculpir uma nova vida  para este físico e para todos os que, assumindo as suas diferenças, e aceitando os outros como seres diferentes, entram na sua roda social.
   Uma jovem recém-chegada a Nova Yorque, sem casa nem dinheiro, pede-lhe para pernoitar em sua casa e o seu acto solidário, embora contrariado como seria de esperar de um misantropo inveterado, vai trazer-lhe os prazeres do amor e a ruptura com a solidão. A mãe da jovem, após uma separação por traição do marido com a melhor amiga (típica situação), entra-lhe pela porta dentro e também ela é acolhida na casa do físico. Ah, mas esta tem um futuro artístico à sua frente, para além de entrar numa relação amorosa com dois dos amigos de Boris (assim se chamava o físico)! E o pai da rapariga, depois de romper com a amiga da mulher, aparece também lá por casa e também ele é recolhido e acaba por encontrar um parceiro homossexual e assumir a sua verdadeira natureza. E tudo acaba num natal passado em comum em que todos estão felizes. Apesar de mais um divórcio do físico, mais um suicídio fracassado e mais um casamento casual e, talvez este!, com algum sucesso mais duradouro!
  Com tudo isto o filme consegue ser magnífico, os espectadores saiem bem dispostos e percebendo que a aceitação dos acasos e das diferenças podem ser essenciais para se ser feliz. 



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