sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Notas da conferência «Condições astronómicas para a vida no Universo»


O professor Rui Agostinho fez esta conferência no Museu de História Natural, no dia 17 de Setembro.
Algumas das minhas notas:
A produção química do universo terminou 4 minutos depois do Big-Bang. A composição química do universo era hidrogénio e hélio. Passados 10 minutos, o universo tinha 76,6% de hidrogénio e 23,4% de hélio. O Big-Bang mede-se. Quando, 500 milhões de anos depois, a temperatura das partículas atingiu os 20º, as partículas auto-atrairam-se e começaram a aglomerar-se - apareceram então as galáxias.
Quantas estrelas tem a nossa galáxia? Perto de um milhão de milhão de estrelas (sóis). «A galáxia é o grão de areia que faz o universo.», diz o professor.
Qual é a temperatura do sol? 15 milhões de graus. Faltam 4 mil e quinhentos milhões de anos para o sol esgotar o hidrogénio e começar a arrefecer. Nessa altura, a vida na terra desaparece. Nada se pode salvar.
As supernovas contribuem para a constituição química do universo. Não vai haver estrelas durante um tempo infinito.
O oxigénio e o hidrogénio (co2) são os dois átomos mais abundantes do universo. Mas a água em estado líquido é fundamental para a vida.
Há vida neste planeta porque temos um filtro que absorve os raios ultravioletas (a camada de ozono). O campo magnético terrestre tem vindo a diminuir - portanto a captação das partículas do vento solar está em causa. Não vai haver eternamente condições para a vida.
A expansão do universo está acelerada - os grupos de galáxias estão a afastar-se umas em relação às outras. O gaz disponível para formar estrelas e planetas está a afastar-se e a diminuir. A taxa de produçao de estrelas vai diminuindo e de planetas também.
A morte espera o Universo.

Opinião de Woody Allen sobre a complexidade do Universo: «Fico sempre espantado quando alguém me diz que quer conhecer o Universo. Como se não fosse suficientemente difícil não nos perdermos quando vamos a Chinatown.»
Ainda assim, acho que vale a pena querer conhecê-lo.

1 comentário:

  1. Fico pela opinião do Woody Allen. Com a agravante de que também dispenso Chinatown...

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