Vou transcrever:
- E então, gostou?
- Gostei, Bel. Obrigada.
- É bonita a jarra, não é?
- Muito bonita.
- Você não acha um pouco ornamentada de mais? Meio kitsch?
- Meio o quê?
- Meio kitch. Assim, de mau gosto.
- Não. De forma alguma. Aliás, gostei dessa jarra desde a primeira vez que a vi.
- Você já tinha visto?
- Não só vi como comprei.
- Ah, Rosa. Não me diz que você já tem uma igual!
- Não. Comprei para dar de presente a uma amiga. No Natal passado.
- Ah, é?
- É, Bel. Dei pra você.
- Rosa... Eu... Ahn... Mmm... Quer dizer...
- Tudo bem, Bel. Se você não gostou da jarra, se achou muito Kitsch, poderia ter falado. Afinal, nós éramos amigas.
- Éramos, Rosa? Ainda somos!
- Eu escolho o tempo do verbo, Bel.
Olá! Por acaso também gostei bastante deste texto... A memória das pessoas é mesmo curta e os presentes, actualmente, são mesmo só presentes...
ResponderEliminarUm beijo,
TA
Olá, acho que este texto é também uma crítica às inúmeras prendinhas que as pessoas dão que as bolsas não comportam e que, de facto, são inúteis. Mais vale uma flor, pelo menos seca!
ResponderEliminarBjs