A actriz Fanny Ardant esteve, hoje, no cinema King, em Lisboa, após a anteestreia do primeiro filme que realizou - Cinzas e Sangue . Não era a actriz, realmente, era a realizadora. Era uma mulher que tinha arriscado fazer um trabalho - realizar um filme sobre uma história que imaginara muitos anos antes e que, durante uma estadia na Transilvânia, pensara ser ali o local ideal para a situar -, embora tivesse consciência que todas as histórias já foram contadas e todos os filmes realizados. Ainda assim, arriscara fazê-lo e cada espectador que o visse, seria para ele que o filme fora realizado. Paulo Branco foi o produtor escolhido por Fanny Ardant.
E, se Fanny Ardant foi uma presença de uma encantadora simplicidade e proximidade, o filme é um muito interessante filme sobre a força cega e violenta das tradições (mais ferozes numas regiões do que noutras - neste caso era a Roménia, mas poderia ser a Sicília ou a Macedónia, por exemplo). Ali, quando se cumprimentam, os homens beijam os homens e as mulheres beijam as mulheres. Ali, matar pela honra não faz de um homem um assassino. O jogo de Xadrez é a metáfora do perigo e do poder de cada acto, de cada gesto, de cada opção. O amor confronta-se com as leis, com a dureza das regras sociais e familiares. E a morte e o sofrimento são consequência do ódio dos homens-lobos que compõem a irracionalidade deste planeta.
Adorei estar lá, naquela sala do cinema King!!
Hola Georgina!
ResponderEliminarYo adjunté tu nota a mi blog. Me parece muy interesante. Muchísimas Gracias.
www.divinafannyardant.blogspot.com
Olá, Mily!
ResponderEliminarFoi muito engraçado receber o seu comentário poucos minutos depois de ter publicado o post.
Eu não sou uma grande fã da Fanny Ardant, mas gostei de a ver trabalhar como actriz nos poucos filmes que vi em que ela entrava. E ontem gostei muito de a ouvir e da maneira como se apresentou.
Muchísimas Gracias! Vou ver o seu blogue.