sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A «jihad» de Barack Obama



  Barack Obama recebeu hoje, em Oslo, o prémio nobel da paz. No entanto, no seu discurso de agradecimento usou 44 vezes a palavra guerra, o que prova que a guerra é, para ele, hoje, uma culpabilidade e uma obsessão.
  Se tivermos em conta que, nas suas inúmeras justificações para as duas guerras que os E.U.A. travam e para os 30.000 soldados que acaba de enviar para o Afeganistão, usou frases como: «O mal existe mesmo no mundo.», «A força por vezes é necessária», «A guerra tem um papel a desempenhar na paz.», lembramo-nos da jihad islâmica, da guerra sagrada, a guerra necessária para construir um mundo perfeito, de onde o «mal» seja definitivamente banido.
   O grande problema na «História do progresso Humano» é que o «mal» depende da subjectividade dos homens, ou melhor, das suas ideologias, das suas religiões, para não falar dos interesses económicos  que quase sempre se misturam com estas.
  O discurso de hoje de Barack Obama parece-me muito comprometedor e perigoso, porque justifica demasiado a guerra e, portanto, o caminho está aberto para continuá-la.
   Não há negociações possíveis com a Al Qaeda? O terrorismo chegou a um climax. A paz é uma arma impossível. Por isso, o júri que atribuiu o prémio nobel a Obama  ou foi ingénuo ou pretende colocar a paz na ponta das espadas como, na Idade Média, a Igreja fez com as Cruzadas.

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