domingo, 10 de janeiro de 2010

Felizmente uma «Estrela Cintilante» no cinema de 2010



  Ainda bem que Jane Campion continua a fazer filmes em que as relações humanas se desenrolam com profundidade, em que as personagens se transformam e crescem ao mesmo tempo que as relações afectivas, em que a criatividade dos actos de amor tem significado e repercussão nessas relações.
 Porque é que o que se considera modernidade no cinema tem que estar apenas nos novos camerons, ou nos novos coppolas ou nos novos tim burtons? 
 Esta á a história de uma paixão adolescente, em que a poesia é o elo de sedução entre os amantes. A aprendizagem e a leitura da poesia vai motivando os encontros e tecendo a rede que sustenta os sentimentos. E a paixão que se ergue é inabalável e consequente.
 O filme baseia-se na relação amorosa (verídica) entre o poeta romântico John Keats e a sua jovem vizinha Fanny Brawn e prova que uma grande história de amor é e será sempre actual. 
 Quem diz que este filme «já foi feito mil vezes» não tem razão. Ou, como disse a Fanny Ardant quando esteve em Lisboa, todos os filmes já foram feitos mil vezes.  

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